Data: Venres, 12 de novembro de 2021, ás 19.15 h.
Lugar: Libraría COUCEIRO / Praza de Cervantes / Santiago de Compostela.
Intervirá: Adela Figueroa Panisse, autora do libro
Actuación do grupo musical: Gaita Irlandesa-Galiza, formado por Carmel O'Leary e Denis O'Toole
As prazas son limitadas e a actividade vai dirixida inicialmente ás persoas asociadas á A.C. O Galo, que poderán traer acompañantes, mais por mor da situación sanitaria do momento, cómpre que se envíe a solicitude de inscrición ao correo electrónico [email protected] antes das 12.00 horas do xoves 11 de novembro de 2021, sendo imprescindíbel que cada persoa que se anote indique nese apuntamento: nome, dous apelidos, número do DNI e teléfono, por mor das normas Covid.
A admisión será seguindo rigorosamente a orde dos correos recibidos. É obrigatoria a asistencia con máscara e mantendo as normas de seguridad contra a Covid-19.
TEXTO ENVIADO POR ADELA FIGUEROA, AUTORA DO LIBRO NO QUE BASEA ESTA PALESTRA:
A vida da Galiza ficou truncada com o levantamento fascista do General Franco. Mas cá não houve fronte de batalha em que descarregar a tensão social desatada. Galiza foi retaguardia. Nela instaurou-se o terror da retaguardia. Não é certo que esta terra se submetesse vencida. Apareceram as Guerrilhas.
A primeira do Estado espanhol, foi a Guerrilha antifascista Galaico Leonesa, que incorporava ao Berço. Nela inscribiram-se as moças da Casa da Bouça como enlaces e activas militantes. Toda a família estava implicada. Isto vem destruir a falsa crenza de que Galiza aceptou o submetimento ao bando " Nacional" sem resistencia. Não esqueçamos que o Frente popular ganhara as eleições poucos meses antes do levantamento criminal. E também que as mulheres tiverem um papel passivo. Isso não foi assim.
Temos bastantes exemplos como o de Enriqueta Otero e o desta familia do Incio. Sobre a estoria destas mulheres foi construida uma obra de criação, uma novela " As mulheres da Casa da Bouça da Roupa Estendida". Não pretende ser um trabalho científico, pois eu não sou historiadora. Sou biologa.. Mas desde que os terriveis feitos aconteceram na aldeia destas mulheres, o relato passou de ser história para se ir transformando e lenda e acabar passando para o acervo cultural colectivo como patrimonio cultural da zona.
Quero resaltar nesta obra a necessaria colaboração da vizinhança, sem a que nunca teriam resistido as guerrinhas, como tantas que houvo na Galiza. O Piloto, O Guardarrios, o Foucelhas o Curuxás, são os herois semi ocultos que pertencem já ao imaginario popular. As guerrilhas antifascistas de Galiza foram as últimas em serem desmanteladas. E varios de seus integrantes conseguiram figir e mesmo morrer na sua cama como o Curuxas engendrando filhos mentres andavam ocultos e figidos e convivendo com o povo. Isso nos da ideia de que o povo era cumplice no seu sustento. Há miles de exemplos disto.
Um papel importante para entender este fenómeno é também o bosque e a paisagem da Galiza. Por isso eu dou uma importancia grande á paisagem como parate da casa em que todas nós nos criamos e onde temos o nosso quadro estético e referencial. Sendo a Paisagem um protagonista mais da novela. Contos e cantos misturam-se con o relato dos feitos, porque a vida é assim. Algo de alegrias e algo de penas. É importante resaltar a vida das aldeias como núcleos de cultura e de socialização, e referir os diversos feitos locais ou internacionais que aconteciam durante o percurso vital das protagonistas da obra.